Leia essa semana:

 

Introdução

Resumo da Parashá

Mensagem da Parashá

Não é meu Serviço

Haftará

Quando 1/2 vale mais que 10.000

Histórias Chassídicas

Gente nova no pedaço

Cozinha Casher

Pudim de Laranja

Palavras do Rebe

Somente Hashem

Inscrição Parashat HaShavua

  

 

 

Res

A Parashat HaShavua (porção da leitura da Torá desta semana) é chamada de “Mishpatim – Juízos”. Ela segue logo após os Dez Mandamentos e trata principalmente da Lei Civil. Ainda temos a leitura especial do Maftir sobre a oferenda de “Machatzit haShekel” (1/2 Shekel de santidade).

Vista pela perspectiva da Tora, não há distinção entre as atividades cerimoniais e mundanas da vida - ambas devem estar permeadas de santidade e ambas devem ser cumpridas por completo e com diligência.

Nesse contexto, a parashá inicia narrando como o povo judeu inicia por receber uma série de leis concernentes à justiça social. Eis alguns tópicos que são abordados: tratamento adequado aos escravos judeus ou não-judeus; obrigações do marido com sua esposa; penalidades por agressões ao próximo e amaldiçoar aos pais, juízes e líderes;

Responsabilidades por danos físicos ao seu semelhante ou à sua propriedade, causados por alguém ou por algo de sua propriedade; pagamentos por roubo; não retornar um objeto pelo qual ficou responsável; direito de autodefesa de quem está sendo roubado; proibição contra sedução; prática de feitiçaria; depravações e sacrifícios a ídolos.

A torá nos alerta a tratar o convertido, a viúva e o órfão com dignidade e evitar a mentira. Não cobrar juros. Pagamentos de obrigações ao Templo não devem ser atrasados e o povo judeu deve ser Santo até mesmo em relação à comida. E nunca deve descuidar do pobre!

A torá ensina como deve ser o procedimento dos juizes na corte. Os mandamentos sobre o Shabat e o ano Sabático (Shemitá) são delineados. Três vezes ao ano - Pessach, Shavuot e Sucot, deve-se ir ao Templo. E então, a torá conclui essa parashá com uma lei referente a kashrut: não misturar leite e carne.

D’us promete guiar o povo para a terra de Israel e ajudá-los a conquistar as nações que lá vivem e informa que o cumprimento de Seus preceitos trará bênçãos para toda a nação. O povo promete fazer e escutarnassê venishmá - a tudo o que D’us disser.

Moshe escreve o livro da aliança que é lido para o povo. Então, Moshe sobe a montanha, onde permanece por quarenta dias e noites, e lá recebe as Tábuas da Lei – shnei luchot habrit.

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Men

Sipurei Shluchim

Não posso dizer que previ o colapso da União Soviética quando voltei de uma estadia de cinco semanas naquele país em 1987. Porém, também não saí de lá com a impressão de que o sistema funcionava muito bem. Chamou-me a atenção um caso que ocorreu pouco antes de minha chegada em Moscou. Um carro estacionado no pátio da sinagoga Chabad foi arrombado e peças valiosas foram roubadas. Quando o cuidador/vigilante foi confrontado com sua falha evidente em fazer sua obrigação, deu de ombros: "Meu trabalho é ver se tudo corre bem. Quando algo não corre bem - não é meu serviço!"

Lembrei-me deste incidente enquanto preparava a seção da parashá desta semana, que inclui uma história que o Lubavitcher Rebe sempre contava sobre seu antecessor do mesmo nome, Rabi Menachem Mendel de Lubavitch (1749-1826). A esposa do filho mais jovem de Rabi Menachem Mendel caíra doente, e os médicos eram unânimes em sua opinião de que não havia mais esperanças de cura. Quando Rabi Menachem Mendel foi informado do veredicto dos médicos, disse que o Talmud levanta a questão: "De onde sabemos que um médico tem permissão de curar?" e responde que isso vem do versículo em Shemot, 21:19: "E ele curará". "Mas em lugar algum", concluiu Rabi Menachem Mendel, "um médico recebeu o direito ou a habilidade de determinar que um ser humano é incurável".

A pergunta do Talmud é uma dúvida bem real para o crente. Se uma pessoa é golpeada com doença apenas porque D'us determinou que ficasse doente, de que adianta chamar o médico? Não se trata apenas de "Como ousa interferir com a vontade de D'us?" - mas também um problema de "Como pode pensar que qualquer coisa que você fizer fará alguma diferença?" A resposta dada pelo Talmud é que, na verdade, o médico tem permissão de "interferir" apenas porque D'us assim o permite - mais ainda, ordena - que o médico interfira, e os esforços do médico fazem diferença apenas porque D'us deseja que os esforços do médico façam diferença.

Tudo isso levou Rabi Menachem Mendel a concluir que a autoridade e influência do médico estão rigorosamente limitadas à função que a torá lhe deu. Ou seja, curar. Qualquer coisa além disso não é sua função.

Enquanto que doença e cura fornecem uma demonstração dramática deste princípio, o ensinamento chassídico o aplica a todas as esferas da vida: ganhar o sustento, ajudar os necessitados, etc. Temos a habilidade, o direito e o dever de fazer a diferença porque - e somente porque - D'us nos deu o poder de fazer a diferença. Mas esta autoridade tem seus limites. Quando atingimos estes limites - i.e., quando realmente fizemos tudo aquilo que está ao alcance de nosso conhecimento e capacidade fazer - o que acontece além disso está fora de nosso domínio.

Eis porque o conceito de "desespero" não recebe crédito no Chassidismo. Geralmente acredita-se que existam dois tipos de pessoas: os fatalistas e os ativistas. O fatalista afirma que as coisas são da maneira que são, e que nada que qualquer pessoa faça, na verdade, provocará alguma alteração. Portanto, não há motivo para exultação, nem para desespero (embora alguns digam que o estado do fatalista é de perpétuo desespero). O ativista, por outro lado, acredita ser o dono de seu destino, portanto exulta com suas conquistas e se desespera quando as coisas não saem da maneira que planejou, acreditando que isso resulta de sua falha em fazer acontecer o que queria que acontecesse.

O judeu é ambos e não é nenhum deles. É fatalista no sentido que acredita que seja o que for que aconteça, é o resultado direto da vontade de D'us que deveria acontecer. Mas é também um ativista: acredita que há muito que pode e deve fazer, e que aquilo que faz pode fazer diferença.

Portanto, o vigilante russo acertou em um ponto. Fazer as coisas da maneira correta - este é nosso trabalho, e a alegria e satisfação que sentimos com nossos sucessos é real e verdadeiro. Porém, quando atingimos os limites das nossas possibilidades, não é uma falha. Simplesmente significa que fizemos nosso trabalho, e agora cabe a D'us fazer o Seu.                                         

Sipurei Shluchim

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Haf

Nos meses de Shevat e Adar nós lemos quatro passagens especiais da Torá. Cada uma é acompanhada de sua própria Haftará. As porções da torá nos ajudam na preparação para Purim e finalmente Pessach. Essas quatro passagens são:

Parashat Shekalim trata da coleção compulsória de oferendas de meio shekel (unidade monetária) para o Templo;

Parashat Zachor lembra a mitzvá de erradicar a memória de Amalek que atacou o Povo Judeu após o Êxodo do Egito;

Parashat Para detalha as leis de purificação de impureza espiritual após contato com mortos;

Parashat HaChodesh estabelece a mitzvá de santificação da lua nova.

Quando ½ vale mais do que 10.000

O Midrash (Eliahu Raba) explica que D’us sabia que no mês de Adar, Haman ofereceria para Achashverosh, o Rei Persa, 10.000 kikares (talentos) de prata se ele aceitasse o genocídio do Povo Judeu.

Portanto, "em antecipação" ao plano de Haman, D’us deu para o povo Judeu o mérito da mitzvá da doação de meio shekel para o Templo mil anos antes do plano de Haman.

Foi esse meio shekel dado em serviço ao Criador que superou os 10.000 kikar de prata de Haman, e levou a salvação do Povo Judeu no período de Purim.

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Coz

 

Ingredientes

500 gr de açúcar

12 ovos

3 laranjas

Margarina para untar

Preparo

Dissolve-se o açúcar no sumo das laranjas.

Batem-se 12 gemas e 5 claras e juntam-se ao açúcar.

Passa-se tudo por uma peneira e leva-se ao forno em forma untada com margarina.

 

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His

 

Gente nova no pedaço

"Não deveis maltratar ou oprimir um estranho, pois fostes estranhos na Terra do Egito"   (Shemot, 22:20)

Você é um calouro na escola, um novato na Sinagoga, etc, e está se divertindo muito. Você deu duro para entrar na "panelinha" dos populares, e finalmente conseguiu juntar-se àquela turma. Hoje você está se divertindo com seus amigos, quando de repente avista o Novato vindo em sua direção. O Novato acaba de chegar “do interior?” e está fazendo tudo que pode para relacionar-se com a turma.

O problema, entretanto, é que ninguém “gosta dele” e a maioria de seus amigos vai ainda um pouco mais longe que isso. Acontece que você sabe que ele é um cara legal, mas declarar sua opinião será como conseguir um ingresso para o Clube da Luta ou declarar-se membro do Clube Nacional dos Trouxas e Idiotas. Quando o recém-chegado aproxima-se com a mão estendida para cumprimentá-lo, você sabe que precisa tomar uma decisão. Há três opções:

a) Jogue-o numa lata de lixo, ignorando-o solenemente.

b) Diga: "Don’t speak português", e volte triunfalmente para seus "friends".

c) Diga: "Oi, Reb Id, é ótimo ver você!", e apresente-o ao resto do grupo.

Na porção desta semana, a Torá nos ordena a não escarnecer de estranhos. Geralmente sentimo-nos mais confortáveis com pessoas que sejam como nós, como aqueles provenientes do mesmo país, cidade, bairro e grupo étnico. Entretanto, a Torá está nos dizendo para nunca esquecer que fomos certa vez o "Novato", quando fomos escravos no Egito. Embora possamos nos sentir desconfortáveis ao fazer contato com um recém-chegado, não existe desculpa alguma para maltratar ou ignorar alguém. Somente porque ele não faz parte de nossa panelinha de amigos, isso não significa que podemos tratá-lo mal. Todo ser humano é criado à imagem de D’us, e deve ser tratado com o respeito e a decência apropriados.                                     

por Stuart (Little) Werbin

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Rebe

 

Somente Hashem

Uma mulher sem filhos suplicou ao Rabi Nachum de Chernobyl que a abençoasse para que tivesse um filho, mas o Rabi recusou-se a atendê-la e ela saiu em prantos. O assistente do Rabi não pôde conter-se, e perguntou-lhe por que havia recusado sua bênção à mulher.

"Vá atrás da mulher e traga-a de volta" - disse Rabi Nachum.

Quando ela voltou, Rabi Nachum perguntou-lhe: "O que fez após sair de meu escritório?"

A mulher respondeu: "Levantei minhas mãos aos Céus e disse: 'Querido D'us, até o Rabi recusa-se a ajudar-me. Agora somente posso me voltar para Ti.'"

Rabi Nachum sorriu e disse: "Vá para casa com alegria. Suas preces serão atendidas." Então virou-se a seu assistente: "Esta mulher estava colocando sua crença em mim, como se eu pudesse fazer uma mágica para ela. Tive de mandá-la embora, para que colocasse sua confiança em D'us, onde deveria estar."

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